quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

É fácil quebrar um ovo entre as palmas da mão apertando as suas pontas?


A resistência extraordinária da concha do ovo se deve exclusivamente a sua forma convexa e a explicação tem a mesma origem que a da resistência de qualquer tipo de abóbada ou arco. A figura acima mostra o arco de uma janela, feito de pedra. O peso S (ou seja, o peso da parte da parede que está sobre a janela) aperta as pedras em forma de cunha que estão na parte central do arco. Mas estas pedras não podem descer, elas só podem pressionar as pedras que estão ao seu lado. A força é distribuída lateralmente. Desta forma, mesmo que exista uma força muito grande acima, o arco não se rompe. Se a força fosse exercida de baixo para cima o arco se romperia facilmente.A concha do ovo também é um arco, mas contínuo, ou seja, uma abóbada fechada.

domingo, 20 de dezembro de 2009

É possível colocar um ovo em pé?


Colombo resolveu de um modo fácil o problema de pôr um ovo em pé: simplesmente afundou a ponta da casca. Mas esta solução do problema não é correta, porque quando estragamos a casca estamos variando a forma do ovo e, por conseguinte, não colocamos o ovo em pé, mas um corpo diferente. Como na realidade a essência do problema está na forma que tem o ovo, Colombo resolveu o problema de outro corpo, mas não o que lhe foi mostrado. O problema do ovo de Colombo pode ser resolvido sem mudarmos a forma do ovo. Para isto basta aplicarmos a propriedade dos peões, ou seja, fazer com que o ovo gire ao redor do seu eixo maior. Deste modo o ovo ficará em pé durante certo tempo. O modo de mostrar isto pode ser visto na figura acima. O ovo é colocado a girar com os dedos. Ao tirar as mãos percebemos que ele gira durante algum tempo. Para que a experiência seja bem sucedida é necessário usar um ovo duro (cozido). Os ovos crus não podem ser girados de pé, porque a massa líquida dentro deles às vezes sai do controle. Esta peculiaridade, inclusive, ajuda a distinguir com facilidade os ovos cozidos dos ovos crus.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Seria possível subir em um balão, esperar a Terra girar, e depois descer em outro lugar?


Em primeiro lugar, porque ao subir no ar nós continuamos ligados à esfera terrestre; nós continuamos na camada gasosa que envolve o planeta, na atmosfera, que também participa do movimento de rotação da Terra. O ar gira junto com a Terra e leva tudo aquilo está nele: as nuvens, os aviões, os pássaros em vôo, os insetos, etc. Se o ar não participasse do movimento de rotação da Terra nós sentiríamos continuamente um vento forte. Os furacões mais terríveis pareceriam brisas suaves comparado com ele (A velocidade de um furacão é de 40 m/s ou 144 km/h. A Terra, em uma latitude como a de Leningrado, por exemplo, nos arrastaria pelo ar com uma velocidade de 240 m/s, ou de 828 km/h, e no Equador, por exemplo, esta velocidade seria de 465 m/s, ou de 1 674 km/h. Em segundo lugar, embora nós pudéssemos ir até as camadas superiores da atmosfera onde a Terra não está rodeada de ar, o procedimento de viajar economicamente também seria impossível. Ao nos separarmos da superfície da Terra em rotação seguiríamos uma trajetória contínua, por inércia, com a mesma velocidade com que a Terra se moveria debaixo de nós. Diante destas condições, ao voltar à superfície da Terra nós estaríamos no mesmo lugar de onde partimos.